domingo, 31 de agosto de 2014

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Existem dias em que as palavras fogem dos dedos e entalam-se na garganta. Os nervos, a ansiedade, a tristeza continuam presentes nestes dias. O exame é já terça-feira e não estou nada preparada. Por um lado não queria que fosse já, por outro quero despachar rapidamente para ir de férias e descansar a minha cabeça e tranquilizar o meu coração.

sábado, 30 de agosto de 2014

(re)nascer




Devíamos saber renascer todos os dias. Deixar no ontem o que realmente lhe pertence. Sonhar para repousar, repensar, para renascer num hoje diferente sem aquilo que não nos faz falta. Sem as angustias, frustrações e problemas que são de ontem mas que o hoje teima em querer prolongar. Só depende de nós, focar o pensamento nas soluções dos problemas, nas janelas que se abriram quando as portas se fecharam, nas desculpas depois das acções irreflectidas, que o futuro nos poderá proporcionar. Só depende de nós ter um dia melhor e ser cada vez melhor. 

segunda-feira, 25 de agosto de 2014




O melhor de estudar no Verão é poder estudar na praia e ouvir o mar, dentro de uma barraquinha de madeira com uma mesa só para mim! 
Todo este luxo porque estou a trabalhar no projecto "praia acessível para todos" que consiste em levar as pessoas com mobilidade reduzida à água. 

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Eu falo...





"{...}Não consigo deixar pra depois uma coisa entalada, não espero a hora certa, nunca sei quando é um bom momento. Acho que a vida é muito breve pra deixar pra amanhã um pedido de desculpa, um abraço, um eu te amo, uma risada solta, uma calça apertada. Não vale a pena tentar afogar emoções que querem sair nadando por aí. A verdade é que eu não sei guardar meus sentimentos e sensações dentro do bolso e viver como se nada estivesse acontecendo. Não consigo disfarçar, tampouco fingir que não ligo. Acho que a gente deve minimizar a chance do arrependimento, por isso falo que amo, falo que fiquei puta, falo que quero, falo que não gosto, eu falo {...}".

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Amor de irmãos




«Pensamos todos os dias no valor incomensurável dos filhos e dos pais, sabemos o quanto vale cada amigo, mas não contabilizamos os irmãos
Só se percebe verdadeiramente a importância das coisas ou das pessoas quando as perdemos. Quando as consideramos tão garantidas como o ar que respiramos, nem pensamos no seu valor. Não fazemos contas, assim como um milionário não faz contas para ir à mercearia nem sabe as oscilações do preço da bica. Com os irmãos é assim que as coisas funcionam. E é por isso que funcionam tão bem.
Nós não sabemos quanto vale um irmão. Nem pensamos nisso. Pensamos todos os dias no valor incomensurável dos filhos e dos pais, sabemos o quanto vale cada amigo, mas não contabilizamos os irmãos. É diferente com eles. É diferente porque os irmãos são de graça. Eles caem-nos ao colo sem planeamento, sem poder de escolha, sem pensarmos nisso. Também é diferente porque nós crescemos com eles e crescemos juntos em tudo. Começamos desde pequeninos a lutar, a brincar, a discutir, a partilhar a casa de banho, o quarto, as meias, os jogos, os pais e os outros irmãos. Eles crescem a meias connosco e por isso acabam por ficar mais ou menos nós.
E é por isso que os irmãos nos conhecem melhor que os nossos pais ou amigos. Conhecem-nos os tiques, as fraquezas, os gostos e as sensibilidades; sabem o que quer dizer cada expressão nossa, aquilo que nos faz chorar e os limites da nossa tolerância. Também sabem que podem ultrapassar todos esses limites porque nada acontece, porque não há divórcios de irmãos. Os irmãos não prometem amar-se na saúde e na doença até que a morte os separe. Não precisam: quer prometam quer não, quer queiram quer não, é mesmo assim que vão viver. 
Em todas as outras relações é preciso tempo. É preciso guardar tempo e ter tempo para estreitar laços, criar cumplicidades, ganhar confiança ou aprofundar as relações. Mas os irmãos não precisam de tempo. Nós gostamos dos nossos irmãos o mesmo que sempre gostámos apesar do tempo. Nem mais nem menos um bocadinho que seja. Podemos passar anos sem nos falar que não é por isso que as cumplicidades, os laços, a confiança (muita ou pouca) se esvanece. Os irmãos são imunes ao tempo, à distância ou às zangas e isso torna-os à prova de tudo

Sonho acordada com esta música: