sábado, 18 de outubro de 2014

Tempo.



Podemos ler as mais frases mais bonitas e cheias de verdades (quase) absolutas. Podemos saber que direcção devemos seguir- sempre em frente. Podemos até saber o que quereremos e distingui-lo do que merecemos. Podemos ter tudo isto bem presente na nossa mente, mas quando o assunto mexe e remexe com o coração, aí só precisamos de tempo: para aceitar, para compreender, para crescer. Tempo. E neste momento é dele que preciso, das suas respostas, dos seus ensinamentos, mas mais importante, das suas curas. 

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Prémio Nobel da Paz: Malala e Kailash

Fiquei Feliz. O meu coração está orgulhoso deste prémio, mesmo não conhecendo a Malala pessoalmente (infelizmente) e conhecendo apenas a história dela, o caminho de luta, de garra e de coragem, Malala é, sem dúvida, um dos grandes exemplos para mim de força. Sendo eu uma feminista, o meu orgulho também vem de ser uma rapariga a conseguir vencer o prémio e o muito preconceito porque sofreu e ainda sofre. Muitos ou muitas, não sabem a sorte que têm por terem nascido em países onde a igualdade de géneros é imposta e aplicada, existindo a escravidão do sexo """"mais fraco"""".
Malala tem apenas 17 anos e já fez tanto, mas tanto por este mundo. Confesso que nunca tinha ouvido falar de Kailash Sayyarthi, mas quando acabar de escrever este post, a primeira coisa que irei fazer é pesquisar sobre as suas acções humanitárias. Já o ano passado Malala tinha ganho outros prémios que me tinham deixado orgulhosa, mas este inchou ainda mais o meu Coração.
Que este reconhecimento seja a abertura de novas portas e janelas para o conhecimento das causas defendidas por estes dois grandes Seres Humanos e para as tantas, mas tantas meninas que, ainda hoje, em pleno século XXI continuam a ser tratadas como simples objectos sexuais e de escravidão. 


"[Ao ser ameaçada pelos talibãs, em 2012] Comecei a pensar: se um talibã viesse, o que faria? Talvez tirar um sapato e bater-lhe. Só que, se o fizesse, não haveria diferença entre mim e o talibã. Não devemos tratar os outros com crueldade. Devemos lutar pela paz, pelo diálogo e pela educação. Então decidi: dir-lhe-ei o quão importante é a educação e que a desejo até para os seus filhos e dir-lhe-ei que era isso que lhe tinha a dizer, mas que ele podia fazer o que quisesse" Malala Yousafzai

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Sentir *

Perguntam-me como estou. Eu respondo que estou bem obrigado, mas a resposta vem sempre "quem é que queres enganar?". E ai respondo com o coração, que posso não estar bem, com o sorriso alegre que me caracteriza e riso fácil, mas irei estar. Que não é por me doer uma parte do coração que se alastra para outros pontos vitais do mesmo. Que se uma porta se fechou, existem ainda as janelas abertas e as outras portas do lado. O mundo está cheio de opções, cabe-nos a nós escolher a melhor para nós. É importante conseguirmos ter a noção do real problema, não fazer com que seja um pedregulho que nos tapa o caminho, mas sim um grau de areia ao qual conseguimos contornar sem grandes problemas. Mas se vierem os problemas é focar em arranjar soluções. Se realmente estou bem? Depende para que lado olho, se para o menos bom e sinto o coração pequeno quase esmagado ou para o bom, para o Coração que incha com a família que me ama e protege e os amigos que me apoiam e me aturam. Embora saiba que existem estes dois lados, e que alguns problemas da vida têm a dimensão que lhes dermos, na prática é complicado pensar sempre no lado positivo. Por isso há alturas em que me permito olhar para o lado menos bom e chorar, ficar triste, pensativa. Porque é importante sentir, até que o sentimento que nos encolhe comece a desvanecer, as lágrimas a secarem, a tristeza a ir embora e os pensamentos a começarem a focar-se no lado certo da nossa vida. 


"Há quem pense que as pessoas fortes não choram, não têm dias não, não se desiludem, não batem com a porta, não viram a vida do avesso. Que têm o coração, a alma e a pele diferente dos outros. Porque são fortes, aguentam.

Mas alguém é menos forte quando chora? Qual é o problema de chorar? Qual é o problema deitar tudo cá para fora? Qual é o problema de dizer tudo o que nunca dissemos? Qual é o problema de querer ser tudo o que nunca fomos? E de querer ter tudo que nunca tivemos? Medo do que os outros pensam? Medo de sermos julgados? Mas quem é vive dentro de nós? Quem é que vive a nossa vida? Somos fracos quando mostramos tristeza, desilusão, mágoa?
Chorar, sim. Sentir tristeza, sim. E desilusão. E mágoa. E vontade de gritar, de bater com a porta, de virar a mesa. Chorar tudo hoje e amanhã e mais um par de dias se nos apetecer. Dar-nos esse tempo de poder sentir tristezas, desilusões ou mágoas.
Depois limpar as lágrimas, levantar o queixo, sentir a força retemperante do alívio. Arrumar tudo que não nos faz bem nas prateleiras mais altas de nós. Seguir em frente.

Amanhã é outro dia e ninguém devia seguir pela vida triste, aos soluços, a chorar aos bocadinhos todos os dias (ainda que seja por dentro). Porque há muitas coisas boas que se perdem enquanto caminhamos de olhos postos no chão e enquanto choramos de olhos fechados para a vida, é verdade.
Mas ninguém é menos forte quando chora, quando se sente triste, desiludido ou perdido. Ninguém."

terça-feira, 7 de outubro de 2014

segunda-feira, 6 de outubro de 2014


Ao contrário do que eu esperava Setembro foi um mês difícil, e o inicio deste mês continua a ser complicado. Sei que só o tempo me poderá ajudar, e sinceramente desejo fortemente que estes dias passem a correr e que cheguem aquele cheios de Luz e serenidade. Até lá, o coração continua a doer, mas sempre apoiado por quem dia após dia o aconchega e me  ajuda a erguer a cabeça bem no topo.

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Quanto mais apertado, melhor!

Limpar, organizar, arrumar




Hoje de madrugada deu-me uma enorme vontade de arrumar o quarto. Ando com ideias de fazer uma pequena remodelação e comecei pelas caixas enormes cheias de folhas com apontamentos, slides e cadernos da faculdade. Organizei as disciplinas da faculdade e deitei fora umas 5798 folhas de apontamentos que já não me faziam falta. Ao pegar em cada molho de folhas vinha a nostalgia. Pegava em certas folhas e parecia que as tinha escrito ontem. Lembrava-me do momento e soube bem recordar. Neste momento tenho o quarto virado do avesso, a preguiça deu lugar à anterior vontade de arregaçar mangas, talvez para as 3h da matina me ponha outra vez a arrumar. Mas mais importante que limpar, organizar e arrumar o quarto é limpar o que não me pertence do coração, organizar as ideias nesta cabeça e arrumar os momentos que já não voltam em gavetas na memória da Vida.